O que podemos aprender com as apresentações de Steve Jobs

O co-fundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc., Steve Jobs, tinha a capacidade de transformar o lançamento de qualquer produto em um grande evento. A inegável habilidade de Jobs de influenciar a plateia a comprar seus produtos é um constante objeto de estudo. Suas apresentações, simples e objetivas, revolucionaram o mundo corporativo de tal forma que ganharam um nome próprio: Stevenotes.

 

As apresentações de Jobs na MacWord Expo 2007 e 2008 foram consideradas as melhores de todos os tempos. O lançamento do Macintosh é considerado uma das apresentações mais impressionantes da história do corporativismo nos Estados Unidos. As “stevenotes” são como filmes que não cansamos de rever e sempre é possível aprender algo novo observando sua forma de conduzir o espectador.

 

O CEO da Apple aplicava o conceito kanso (simplicidade) - do zen budismo ao qual era adepto - no trabalho. Suas apresentações eram muito simples visualmente, ele não utilizava marcadores. Segundo pesquisas sobre o funcionamento cognitivo, os marcadores são a maneira menos eficaz de transmitir informações importantes. Apesar do design clean, Jobs fazia com que uma exibição de slides se transformasse em um evento teatral completo, bem como ressalta Carmine Gallo, autor do livro “Faça como Steve Jobs”. Em geral, Jobs mantinha um roteiro verbal para sua plateia, esquematizados em grupos de três:

 

  • Uma apresentação pode ser dividida em três atos;

  • A descrição do produto pode ser feita em três recursos;

  • E uma demonstração pode ser realizada em três etapas.

 

Para apresentar o iPod com vídeo, em 12 de outubro de 2005, Jobs escolheu o California Theatre, em San Jose. O cenário combinava perfeitamente com a ideia de dividir a apresentação do produto em três atos - assim como em uma ópera clássica. Primeiro ele apresentou o iMac G5, depois lançou o iPod de quinta geração com o recurso de reprodução de vídeos e, por fim, falou sobre o iTunes 6.

 

Outra prática comum das “stevenotes” era estabelecer a base de uma história convincente. Havia, portanto, um antagonista, um inimigo e um problema que precisava ser resolvido. Ao introduzir o antagonista (o problema), a plateia se agrupava em torno do herói (a solução). E foi assim que Jobs reinventou o storytelling.

 

No lançamento do iPhone, em 2007, ele definiu um inimigo: os celulares existentes até então. “Os telefones celulares regulares não são tão inteligentes e não são tão fáceis de usar. Os smartphones são um pouco mais inteligentes, mas são mais difíceis de usar, disse Jobs, inserindo o antagonista na história. E, por fim, apresentou o herói: “Nós queremos fazer um produto mais inteligente do que qualquer dispositivo móvel já foi e super fácil de usar. istoé o que o iPhone é”.

 

Para fazer da apresentação um verdadeiro espetáculo, Jobs fortalecia sua conexão com o público, utilizando recursos de vídeo, demonstrações e convidados. Além disso, costumava ousar em suas demonstrações recorrendo ao quesito surpresa, como por exemplo no lançamento do Macbook Air, quando tirou o notebook de um envelope A4.


     



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